As coordenadoras e assessorias Regionais do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu- MIQCB participaram, nesta quarta-feira (19) e quinta-feira (20), de Capacitação em PMA - Planejamento, Monitoramento e Avaliação, do projeto Mãe Palmeira que está sendo executado nas seis Regionais do Movimento. A capacitação foi ministrada pela assessora do Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais – CAIS, Sandra Lôbo, no auditório do Centro de Estudo Sindical Rural- CESIR, localizado no Araçagy- São José de Ribamar-MA.
O Projeto Mãe Palmeira tem como financiador a MISEREOR, uma organização que tem como objetivo principal contribuir com o desenvolvimento das comunidades, das organizações, solidariedade ao próximo traduzido em ações concretas em prol das pessoas mais necessitadas.
Nos dois dias de capacitações houveram trabalhos em grupos e apresentados a importância do planejamento, monitoramento, avanços, desafios, perspectivas, aprendizados e efeitos dos projetos.
A assessora do CAIS, Sandra Lôbo, falou da importância da capacitação para as organizações. “Esse é um momento de capacitação metodológica em que todo trabalho desenvolvido com o CAIS junto aos grupos, é um trabalho para apoiar e fortalecer as organizações para que elas tenham mais ferramentas para desenvolver aquilo que elas já fazem tão bem. Então, buscamos desenvolver uma metodologia que atendesse o processo de educação popular e uma metodologia que seja de fácil acessibilidade”, enfatizou.
Sandra Lôbo destacou ainda que “dentro do PMA – que é uma metodologia de Planejamento, Monitoramento e Avaliação – as organizações têm mais habilidade no quesito planejamento. Já a parte do monitoramento e avaliação exige um pouco mais de conhecimento porque é um aspecto que exige análise dos efeitos. Ou seja, é necessário analisar e avaliar os resultados transformadores e mudanças positivas que as atividades proporcionam para os grupos nas comunidades”, concluiu.
O projeto Mãe Palmeira teve a finalidade de melhorar as unidades de produção, beneficiamento babaçu e aquisição de equipamentos de comunicação nas Regionais. Durante a execução do projeto foram adquiridos forrageiras, tachos, colheres e outros utensílios que são utilizados para facilitar o beneficiamento o coco babaçu (extração do mesocarpo, produção de azeite, óleo), visando autonomia econômica, segurança alimentar e nutricional das famílias. O projeto contemplou quebradeiras de coco babaçu nos estados do Pará, Piauí, Tocantins e Maranhão (Regionais Imperatriz, Mearim/Cocais e Baixada).
Também foram adquiridos tablets para melhorar a comunicação das coordenadoras do MIQCB, das diretoras da Cooperativa Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB), e entrega de equipamentos didáticos (microscópio, impressora, GPS, GPS e outros) para a Escola Família Agrícola Pe. Josimo Moraes Tavares.
A coordenadora geral do MIQCB, Maria Alaídes destacou que a parceria com a MISEREOR tem fortalecido as mulheres quebradeiras de coco babaçu. “Avalio que o projeto executado pelo MIQCB em parceria com a MISEREOR trouxe empoderamento das mulheres na produção, a garantia da autonomia na comercialização e estruturação das unidades de produção permitindo que as mulheres tenham condições de aumento na produção com qualidade”, frisou.
Além do projeto Mãe Palmeira, foram dialogados a execução de um novo projeto, na ordem de 100 mil euros, também em parceria com a MISEREOR. O projeto será destinado à regularização e estudos fundiários das comunidades tradicionais e implementação de agroquintais.
A coordenadora executiva do MIQCB da Regional Piauí, Helena Gomes falou da importância da continuidade da parceria com a MISEREOR, por meio da aprovação do novo projeto.
“Esse novo projeto com a MISEREOR vai fortalecer muito as comunidades tradicionais e também vai fortalecer nosso trabalho enquanto MIQCB dentro das comunidades. Iremos fortalecer ainda mais nossa luta contra as derrubadas das palmeiras, a aprovação da lei Babaçu Livre e a conquista da titulação das terras e registros dos territórios. É um projeto que chegou na hora certa porque nós temos um território titulado, mas que precisa do registro que não é muito fácil de conseguir. Mas com esse projeto acreditamos que iremos alcançar nosso objetivo”, declarou, Helena Gomes.
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