As quebradeiras de coco babaçu, Sandra Maria, Raimunda Nonata e Ana Cleide e o trabalhador rural, Jose Balbino, moradores povoado Santa Maria dos Tejus, comunidade remanescente de quilombo, denunciaram que foram vítimas de agressões verbais e de ofensas racistas no município de Viana-MA, localizado a 214 km de São Luís. As trabalhadoras rurais afirmam terem sofrido, no dia 20 de junho, ataques racistas do proprietário de uma área localizada no povoado Esperança, também no município de Viana, onde as mulheres costumam coletar coco babaçu.
As vítimas procuraram a polícia e foi aberto um inquérito para apurar o caso. A primeira audiência foi realizada no dia 05 de julho e a segunda foi realizada nesta quarta-feira, 13, na Delegacia de Viana.
A quebradeira de coco babaçu, Sandra Maria disse que foi xingada e sofreu ato de racismo e por isso foi buscar seus direitos. “Ele me xingou, me chamou de preta ladrona”, denuncia a quebradeira de coco.
Integrantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) também foram à delegacia prestar apoio e solidariedade às trabalhadoras rurais.
“É muito triste porque eu sou também de comunidade quilombola e a gente também já sofreu essas coisas. É uma humilhação, porque negro é gente e tem que ser respeitado”, disse Maria Antônia dos Santos, coordenadora executiva do MIQCB da Regional da Baixada.
O proprietário do terreno compareceu à Delegacia de Viana acompanhado de parentes e de um advogado, mas preferiu não se pronunciar sobre o caso. Se forem comprovadas as denúncias, o suspeito poderá responder pelo crime de injúria racial.
O ato de racismo foi amplamente veiculados nos principais veículos de comunicação do Estado do Maranhão. Confira:
JMTV 2ª Edição: Polícia investiga denúncia de racismo contra quebradeiras de coco no Maranhão:
Bom Dia Mirante:
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