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Membros do Comitê Gestor reúnem-se para selecionar projetos apresentados ao Fundo Babaçu este ano


Entre os dias 27 a 29 de setembro, membros do Comitê Gestor do Fundo Babaçu estiveram reunidos na sede administrativa do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB, em São Luís-MA, para analisar e selecionar os projetos socioambientais apresentados nas chamadas do 6º e 7º edital do Fundo Babaçu. Os editais foram lançados em junho deste ano e as inscrições encerradas no dia 08 de agosto.


O 6ª edital conta com aporte financeiro, na ordem de R$ 1,6 milhão, do Fundo Amazônia/BNDES. Em atendimento a este edital foram recebidos 27 projetos dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins. Já o 7ª edital recebeu apoio financeiro de R$ 220 mil reais da Fundação Ford e foram entregues 6 propostas do estado do Piauí. Ao todo, os dois editais somam R$ 1,8 mi para apoiar projetos socioambientais de quebradeiras de coco babaçu.



A análise dos projetos pelo Comitê Gestor é uma etapa importante do processo. A secretária executiva do Fundo babaçu, Luciene Dias Figueiredo explica que os membros do Comitê são representantes de entidades autônomas e que não podem apresentar projetos para concorrer aos editais, de modo a garantir a transparência na governança do Fundo.


“Após essa etapa de seleção, os projetos do 6º edital serão encaminhados para o Fundo Amazônia/BNDES onde passarão por um segundo processo de análise, aprovação e homologação do resultado. Após essa etapa, o Fundo Babaçu fará a divulgação tanto do 6º edital, quanto o 7º edital”, explicou.


Membro do Comitê Gestor, João Palmeira, integrante da ONG APA-TO - Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins, disse que sua preocupação e compromisso enquanto analista é com a aprovação de projetos que de fato venham concretizar ações de fortalecimento, com participação das mulheres e seus protagonismos, incluindo a juventude. Muitos dos projetos analisados caminham nessa linha.



“A gente que trabalha com organizações, é comum que os grupos de base tenham uma certa dificuldade em elaborar seus projetos. Mas, como o Centro de Formação das quebradeiras realizou capacitação para elaboração de projetos este ano, a gente viu alguns que vieram de forma adequada ao que é a perspectiva de um bom projeto. Elaborado pela própria comunidade, com orçamento enxuto, com clareza de objetivos, de atividades, com seus critérios definidos, os riscos internos e externos bem definidos dentro dos critérios de prioridades. Isso tudo é maravilho”, declarou, Palmeira.


A quebradeira de coco e coordenadora do Fundo Babaçu, Emília Alves pontuou que a expectativa é que os projetos possam melhorar a qualidade de vida das companheiras nos seus territórios.




Comitê Gestor do Fundo Babaçu- Participaram da reunião representantes das seguintes instituições e organizações:


Associação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) com quebradeiras representantes do Regional Piauí e Tocantins;

Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (ACONERUQ);

Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA);

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Domingos do Araguaia-PA;

Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares da Universidade Federal do Pará (INEAF/UFPA);

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cidelândia- MA;

Centro Cocais de São João do Arraial- PI;

Alternativas para Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO);

Escola Família Agrícola dos Cocais de São João do Arraial (EFA COCAIS-PI) ;

Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Quebradeiras de Coco Babaçu de São Luís Gonzaga (AMTQC-MA);

Fórum da Juventude de Matinha-MA.

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