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Ex-presidente Lula visita casarão das quebradeiras de coco babaçu, no Maranhão


Em passagem pelo Maranhão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dialogou com as quebradeiras de coco babaçu do Maranhão, do Tocantins e do Piauí na manhã deste sábado (03/09), em São Luís (MA). O encontro aconteceu no Casarão “Casa Palmeira de Babaçu Dada e Dijé”, sede do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), localizada na Rua da Palma, Centro histórico de São Luís-MA.



As mulheres recepcionaram o Lula e sua comitiva com muitas palmas e cânticos. Em seguida elas apresentaram suas principais demandas como: criação do Ministério dos Povos Indígenas e das Comunidades Tradicionais, volta da autonomia dos conselhos (Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais -CNPCTS e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA); fortalecimento de projetos produtivos para as mulheres rurais e da economia solidária; acesso as compras públicas como o PAA e o PNAE, bem como, a criação e revitalização de agroindústrias de babaçu; ações de combate a violências contra mulheres e crianças; regularização fundiária dos territórios tradicionais; punição para violações ao meio ambiente; fortalecimento das leis de preservação aos babaçuais.



A coordenadora geral do MIQCB, Maria Alaídes Alves, relatou os entraves criados pelo atual governo, lembrou insensibilidade de Bolsonaro com a Covid-19, listou prioridades de políticas de crédito, manutenção da agricultura familiar e continuidade da regularização fundiária e disse sentir falta dos tempos de Lula, quando todas viviam com bem-estar.


“Queremos dizer: ‘volta Lula!’ porque precisamos de territórios regularizados, de acesso livre aos babaçuais, de educação no campo de qualidade e contextualizada. Queremos dizer: ‘volta Lula!’ porque precisamos do SUS, do fortalecimento das políticas públicas, das políticas de créditos, do fortalecimento da agricultura familiar, da segurança alimentar e da produção agroecológica”, declarou, Maria Alaides.



Ao longo do diálogo as mulheres destacaram as problemáticas e violações de direitos enfrentadas pelas quebradeiras de coco e contaram sobre seu dia a dia na execução de suas atividades da quebra do coco. Elas destacaram ainda a importância do coco babaçu e a infinidade de produtos que podem ser extraídos como: azeite, óleo, mesocarpo, sabonetes, artesanatos e muitos outros.


Em relato emocionante, dona Emília, coordenadora executiva do Miqcb da Regional Tocantins, relatou sobre suas dificuldades e lembrou os tempos do governo Lula, quando as pessoas tinham o que comer e os jovens podiam sonhar com a universidade.



“Hoje, só faz faculdade os filhos de quem tem condições. Os nossos, a gente não pode pagar. A gente paga o primeiro mês, o segundo, terceiro, quarto e o quinto já não pode mais. Vai aumentando, aumentando, e a gente não tem condições de pagar”, disse, destacando também que tem muita gente sem ter o que colocar na panela. “O povo está passando fome. Muita gente não sabe o que é mais comer um pedaço de carne, que aumentou demais”.


Após ouvir os relatos de reconhecimento de feitos de seus governos, o ex-presidente disse às mulheres que o sentido da política é melhorar a vida das pessoas e que ele quer voltar à Presidência para ver se consegue, outra vez, viabilizar um salto de qualidade na vida dos mais pobres. “A gente quer voltar porque é preciso recuperar a dignidade do ser humano nesse país.”



Lula disse que, se ganhar as eleições, vai convidar as quebradeiras de coco para uma reunião em Brasília para que ajudem na definição das políticas, formalizando o que desejam. “Esse é o sentido da política: a gente fazer com que as pessoas melhorem de vida. Nós não queremos tirar nada de ninguém, o que eu quero é que todo mundo tenha direito ao mínimo necessário. Direito ao respeito, direito ao trabalho, direito ao salário, direito a uma casa”.


Na ocasião, o ex-presidente assumiu o compromisso de criar o Ministério da Mulher, de garantir fortalecimento de cooperativas de crédito e produção para melhorar as condições de milhares de famílias que dependem do babaçu para sobreviver.



“A gente vai fortalecer as cooperativas, as cooperativas de crédito, as cooperativas de produção. A gente vai garantir que as pessoas tenham preço mínimo. A gente vai voltar a criar o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e vai criar outros programas porque, se a gente não fizer essa revolução, não tem sentido voltar”.



Além da coordenadora geral do MIQCB, Maria Alaídes e a vice coordenadora, Helena Gomes, participaram do diálogo com Lula, coordenadoras da Regional Piauí, Klesia Lima e Marinalda Rodrigues; da Baixada Maranhenses, Maria Antônia (coordenadora executiva) e Maria do Rosário (presidente da cooperativa CIMQCB); da Regional Tocantins, Emília Alves (coordenadora executiva); da Regional Mearim/Cocais, Maria de Fatima (coordenadora executiva); da Regional Imperatriz, Eunice da Conceição (coordenadora executiva).


Veja como foi a visita do Lula no casarão das quebradeiras de coco babaçu: https://www.youtube.com/watch?v=uRQZPa0ryKY&t=2575s

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