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Miqcb dialoga sobre Reforma Agrária Popular e Produção Agroecológica na Jornada Universitária – JURA


Entre os dias 16 e 17 de junho, a coordenadora do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu- MIQCB, Maria Alaídes participou da 8ª edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). O evento foi realizado na Área de Vivência do Campus da UFMA, localizada no Bacanga, em São Luís-MA.


Este ano de 2022, o tema da JURA foi Reforma Agrária Popular e Projeto de País. A Jornada Universitária acontece anualmente em diversas universidades, reunindo professores, estudantes e movimentos sociais com o objetivo de debater essa pauta. No Maranhão, integram a JURA docentes e discentes da UFMA, do IFMA e da UEMA e lideranças de diversos movimentos camponeses, como MST, FETAEMA, MIQCB, ASSEMA, ACESA e CPT.



“Participar desse momento que discute a reforma agrária como projeto de vida para o país e para os povos e comunidades tradicionais, é muito importante para nós quebradeiras de coco babaçu porque podemos compartilhar o nosso ciclo de vida dentro de uma sociobiodiversidade em que o nosso babaçu está inserido. Além disso, reforçamos a importância da preservação do meio ambiente e destacamos nosso projeto político, social, cultural, ambiental, a partir dos conhecimentos tradicionais dos nossos povos”, destacou Maria Alaídes, coordenadora geral do Miqcb.


Na quinta, 16, a programação teve início às 14h com mística de abertura. Em seguida, houve o debate sobre o tema da Reforma Agrária Popular e projeto de país com a professora Roberta Figueiredo (UFMA) e Elias Araújo (MST), sob a coordenação do prof. Guillermo Johnson (UFMA). Às 17h teve o lançamento das publicações Dicionário de Agroecologia e Educação e do Caderno de Conflitos no Campo, este último produzido pela Comissão Pastoral da Terra.



Na sexta-feira, 17, a programação iniciou às 8h30. Na abertura, os participantes realizam o plantio de uma palmeira na Área de Vivência do Campus, em homenagem à quebradeira de coco babaçu, dona Dijé, uma liderança, que durante sua vida lutou em defesa do meio ambiente e das causas sociais das quebradeiras de coco. Na sequência, houve discursão dobre Agroecologia, Soberania Alimentar e Projeto de País, com o prof. Ribamar Sá Silva (UFMA) e a professora Ariadne Enes Rocha (UEMA), sob coordenação da profª. Zaira Sabry (UFMA).


Cristiane Mendes, professora do Centro de Educação no Campo Roseli Nunes, no município de Lagoa Grande de Lagoa Grande do Maranhão, destacou a importância da Jura para estudantes de escolas que desenvolvem a educação de pedagogia por alternância e que tem um ensino com ênfase na agroecologia.



“Esse evento é de suma importância, principalmente nesses momentos atuais que enfrentamos problemas ambientais alarmantes. Então, essa discursão sobre a temática da reforma agrária e da agroecologia é importante para fortalecer nossas práticas de ensino de educação no campo, no sentido de incentivar nossos alunos na conservação ambiental, dos recursos naturais e orientá-los na produção de alimentos com destaque na sustentabilidade”, enfatizou.


O professor de Licenciatura de Educação no Campo e um dos organizadores da Jornada Universitária, Paulo Roberto explica a importância da Jura e o surgimento da Jornada.

A primeira edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária – JURA aconteceu em 2014, por iniciativa dos movimentos sociais, em especial o MST. Desde seu surgimento, a JURA objetiva aproximar as comunidades acadêmicas nas Universidades Públicas aos Movimentos Sociais, aprofundando discussões sobre a Reforma Agrária e por Justiça Social no Campo. Atualmente, mais de 60 Instituições de Ensino Superior realizam a JURA, em todo o Brasil.




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