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“Direitos dos Povos Tradicionais, Alimentação Saudável e Agroecologia” é tema do terceiro módulo das quebradeiras



Entre os dias 15 a 20 de janeiro foi realizado, no Centro de Formação das Quebradeiras de Coco Babaçu, em São Luís, as aulas do terceiro e último Módulo cujo tema foi “Direitos dos Povos Tradicionais, Alimentação Saudável e Agroecologia”. Participaram mulheres dos estados do Pará, Piauí, Maranhão e Tocantins, que fazem parte do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB.


A programação incluiu aulas sobre: Direitos dos Povos Tradicionais; Mulheres quebradeiras de coco babaçu na luta por direitos; Agricultura Familiar e Agroecologia; Segurança Alimentar e Alimentação Saudável; Educação Contextualizada; Metodologia de Elaboração de Projetos Socioambientais; Gerenciamento de Projetos; Monitoramento e Avaliação de Projetos Socioambientais (PMA).



Nos dois primeiros dias de aula a assessora jurídica do Miqcb, Renata Cordeiro e advogada popular, feminista, Diana Melo conduziram a temática: Direitos dos Povos Tradicionais; Mulheres quebradeiras de coco babaçu na luta por direitos.


“Tenho a honra de contribuir com um debate especial sobre os direitos das mulheres e as lutas sociais que são feitas. A gente conversou com as quebradeiras sobre as lutas que foram desempenhadas pelas mulheres no decorrer da história, com mais enfoque para a realidade do Brasil e para realidade das quebradeiras de coco babaçu. A gente teve a oportunidade de dialogar sobre a Lei Babaçu Livre, da importância da organização das mulheres e como o estado brasileiro ainda ameaça a efetivação dos direitos das mulheres. É com organização que as mulheres precisam ocupar os espaços do estado e precisam lutar para que esse direito seja garantido”, pontuou, Diana Melo, feminista e advogada popular.


A coordenadora de base do Miqcb Regional Mearim/Cocais, Áurea Maria destacou a importância de conhecer temas, de forma mais aprofundada, relacionados aos seus direitos. “Conhecer nossos direitos e entender que a forma como nos organizamos nos ajuda a conquistar ainda mais benefícios, é muito importante para todas as quebradeiras que estão aqui ter esses conhecimentos”, enfatizou Áurea.



Em seguida, a temática trabalhada em sala de aula foi “Agricultura Familiar e Agroecologia”, onde foram analisadas as práticas de produção realizada e gerenciada pelos grupos familiares em suas propriedades e, levando em consideração os princípios ecológicos de preservação e conservação dos recursos naturais. O tema foi ministrado pelo professor da UFMA, Samarone Carvalho Marinho e a professora do curso de geografia da UFMA, Roberta Figueiredo Lima.


Outro destaque no conteúdo programático foi a temática “Educação Contextualizada”, ministrada pela coordenadora pedagógica do Miqcb, Ana Maria Ferreira. “O objetivo da discussão foi Fomentar a ampliação do olhar sobre a educação que priorize o modo de vida dos povos tradicionais, em específico das quebradeiras de coco babaçu, fortalecendo significativamente a identidades destas, a partir da contextualização de suas problemáticas e potencialidades”, declarou.



O Centro de Formação é uma iniciativa do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB, por meio do Projeto Floresta de Babaçu em Pé e conta com financiado pelo Fundo Amazônia e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O curso tem carga horária total de 300 horas/aula de formação, compreendendo três dimensões do processo formativo da pedagogia da alternância: tempo escolar, tempo comunidade e intercâmbios. Ou seja, serão 180 horas aulas presenciais em São Luís, 96 horas na comunidade e 24 horas de intercâmbio nas regionais do Movimento.


As aulas do terceiro módulo foram ministradas pelos seguintes educadores: Renata Cordeiro e Diana Melo, Samarone Carvalho, Roberta Lima, Rosa Gregória, Ana Maria Ferreira, Sávio, Lanna e Sandra Regina.

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